Dra. Juliana Carrion

Blefarite: o que é, sintomas e tratamentos para a condição

Blefarite

Determinadas patologias provocam danos à saúde dos nossos olhos e é importante se informar e fazer a prevenção. É o caso, por exemplo, da blefarite, que é uma condição comum na população brasileira.

 

Este artigo foi elaborado para tirar todas as suas dúvidas com relação a essa doença e você vai entender do que se trata a condição, quais são os sintomas mais comuns, os tipos e os tratamentos disponíveis.

 

O que é blefarite?

 

Trata-se de uma inflamação que afeta as bordas das pálpebras e provoca muito desconforto. Diferentemente de determinadas outras patologias que também atingem os olhos, ela não é contagiosa.

 

Essa inflamação acontece quando as glândulas localizadas na região da base dos cílios não funcionam corretamente, o que causa uma grande irritação nos olhos, promovendo a sensação de que o paciente tem um corpo estranho no globo ocular.

 

Muitas pessoas a confundem com o terçol e, de fato, são problemas parecidos. A maior diferença entre eles, no entanto, é que a blefarite não tem um local fixo e pode afetar toda a margem palpebral

 

Causas e fatores de risco

 

Na maior parte das vezes, essa patologia está ligada à colonização das pálpebras por bactérias. Normalmente, o aumento da oleosidade que ocorre nesta região é o responsável por essa colonização.

 

A inflamação pode ter origem infecciosa, tóxica ou alérgica. Entre as causas mais comuns da blefarite, estão:

 

  • Crises alérgicas, inclusive relacionadas ao uso de lentes de contato;
  • Uso de maquiagens, que podem deixar a pele mais oleosa ou causar alergias;
  • Quadros de infecção bacteriana;
  • Rosácea, doença de pele que afeta a pele do rosto;
  • Mau funcionamento das glândulas localizadas na região dos olhos;
  • Dermatite seborreica;

 

Tipos de blefarite

 

blefarite

 

A inflamação pode ocorrer na borda frontal da pálpebra, onde os cílios se ligam, ou mesmo na parte interna, que é aquela que entra em contato com o globo ocular.

 

Existem diferentes tipos de blefarite, continue lendo para conhecer cada um deles.

 

Blefarite estafilocócica

 

Esse tipo é uma consequência de uma resposta celular anormal aos componentes da parede celular da bactéria Staphylococcus aureus. Normalmente, se manifesta com manchas vermelhas e edema na borda das pálpebras.

 

Blefarite seborreica/escamosa

 

Nesse caso, há um excesso na produção lipídica em duas glândulas localizadas nos olhos. A condição pode apresentar crostas amareladas na base das pestanas e pode apresentar escamas.

 

Blefarite alérgica

 

O terceiro tipo da patologia pode ser causado por questões como a picada de um inseto, a administração inadequada de medicamentos ou a utilização de maquiagem.

 

Geralmente, ela apresenta algumas características específicas, como um edema na pálpebra do paciente, quemose, descamação, olho vermelho e até mesmo conjuntivite papilar, que também é uma doença inflamatória não infecciosa.

 

Sintomas da inflamação

 

Como você leu, os olhos vermelhos estão entre os sintomas mais comuns dessa inflamação. Existem, no entanto, outros sinais e alterações frequentes.

 

Entre eles, estão:

 

  • Caspa na base das pestanas;
  • Comichão e ardor nos olhos (sensação de areia);
  • Lacrimejamento;
  • Crostas na borda das pálpebras;
  • Pálpebras avermelhadas e/ou com edemas;
  • Hordéolos (terçol);
  • Triquíase (alinhamento incorreto dos cílios).

 

Além disso, pessoas com essa patologia também podem sentir os olhos muito mais sensíveis a lentes de contato, vento, fumaça, cloro de piscina, entre outros.

 

Esses sintomas podem, com o passar do tempo, prejudicar a saúde dos olhos e motivar complicações como queda dos cílios, formação de crostas, úlceras na córnea e outras inflamações.

 

Diagnóstico e tratamento

 

Geralmente, o diagnóstico da blefarite é realizado por meio das queixas do paciente e pelo aspecto das pálpebras durante o exame na lâmpada de fenda feito por um especialista. 

 

Existem diferentes tratamentos para a patologia, que levam em consideração suas causas. É fundamental destacar que apenas o oftalmologista pode definir a tratativa ideal para cada caso e a automedicação é totalmente contraindicada.

 

Entre os tipos de tratamento, estão:

 

Higienização

 

O tratamento natural para a blefarite consiste na higienização correta, de acordo com as recomendações. Podem ser utilizadas compressas úmidas para essa limpeza, que deve ser realizada ao menos uma vez por dia.

 

Pessoas que utilizam lentes de contato devem ter ainda mais atenção com a higiene, incluindo o armazenamento correto para evitar contaminações.

 

Colírios

 

Nesse caso, além da higienização, colírios podem ser utilizados para tratar a inflamação e evitar o incômodo causado por ela. 

 

Antibiótico sistêmico

 

Em determinadas situações, antibióticos sistêmicos também podem ser indicados.

 

Pomadas

 

Pomadas com antibióticos também podem ser recomendadas em alguns casos, principalmente nos episódios de blefarite estafilocócica.

 

Corticóides

 

Quando a inflamação se agrava, corticóides podem ser indicados pelo oftalmologista.

 

 

Lembre-se da importância da prevenção

 

Dra Juliana Carrion

 

Agora que você entendeu o que é essa patologia e seus detalhes, é muito importante se atentar à necessidade de frequentar o oftalmologista regularmente. É fundamental para a saúde dos olhos e ajuda na prevenção de muitas doenças.

 

Mas você sabe com qual frequência é importante visitar um especialista? Preparamos um artigo para que você conheça melhor o teste de visão, compreenda sua importância e saiba quando é indicado marcar uma consulta Acesse:

 

Teste de visão: com qual frequência devo ir ao oftalmologista?

 

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